Já ouviu falar em tricograma e não sabe exatamente o que é e para que serve? Então, esse artigo é para você!
Vamos apresentar mais sobre o que é esse exame, consagrado como um grande aliado de tricologistas e dermatologistas. Além disso, destacamos para quais casos ele é indicado, bem como diversas outras informações relevantes sobre o assunto.
Boa leitura!
O que é tricograma?
O tricograma é um exame que auxilia os dermatologistas a fazerem o diagnóstico da saúde capilar dos pacientes. É realizado em consultório e permite a detecção com maior precisão de alterações no ciclo biológico de crescimento dos fios, indicando o tratamento ideal para cada caso.
Para realizar o exame, é preciso arrancar uma amostra de 50 a 100 fios de uma área do couro cabeludo. Na sequência, os fios são distribuídos em lâminas e levados para análise no microscópio.
Para o que serve o tricograma?
O objetivo do tricograma é avaliar a raiz do cabelo e realizar uma contagem, na qual se determina a proporção de fios para cada fase de crescimento. A variação dos números resultantes deste processo pode indicar algumas doenças.
O tricograma normal apresenta as seguintes porcentagens de fios em cada fase:
- Anágena (crescimento): 85% – 95%.
- Catágena (crescimento): 0% -19%.
- Telógena (transição): 5% – 15%.
Variações nas taxas caracterizam, por exemplo, o eflúvio telógeno, uma das principais causas de queda de cabelo em homens e mulheres.
Por que o tricograma não é um exame de rotina para a queda de cabelo?
Mesmo sendo útil na investigação da queda capilar, dificilmente é solicitado por médicos, pois não é um exame popular. Outro aspecto que pode estar relacionado à não solicitação é a dificuldade técnica em arrancar uma mecha de cabelos de uma vez só.
A resistência do paciente em se submeter ao procedimento também deve ser considerada, isso porque, além de ser doloroso, é um processo desconfortável arrancar cabelos de áreas que já estão ralas.
A preparação para o exame também é dificultosa, pois requer alguns cuidados: a pessoa não deve lavar os cabelos 3 a 4 dias antes do procedimento para não remover os fios em fase de queda. Além disso, tratamentos cosméticos como química ou chapinha devem ser evitados por pelo menos 8 semanas antes do teste. As recomendações para a realização são para evitar danos à estrutura capilar, dificultando sua análise.
Quando é preciso fazer um tricograma?
A orientação é que você procure um especialista (tricologista/dermatologista) assim que identificar quaisquer alterações nos fios, sem esperar que essa situação se torne um incômodo ou evolua.
Assim como qualquer problema de saúde, quanto antes for identificado os problemas, mais fácil será de chegar ao tratamento ideal.
Por isso, o primeiro passo é agendar uma consulta para uma avaliação e, posteriormente, será possível saber a necessidade do exame.
Quais são as principais causas da queda de cabelo?
O corpo dá sinais quando algo não está em conformidade, certo? Por isso, a queda de cabelo pode representar problemas como:
1. Falta de vitaminas e nutrientes
A ausência de nutrientes, vitaminas e minerais, como o ferro e as vitaminas A e C no organismo, pode gerar a queda de cabelo e prejudicar o seu ciclo de crescimento. Por isso, é indispensável manter uma alimentação balanceada.
2. Estresse excessivo
Condições como o estresse e a ansiedade podem interferir em diversos fatores, incluindo a saúde capilar. Ambos podem causar um desequilíbrio no cortisol, o que tem potencial para aumentar a queda do cabelo e interromper o crescimento de novos fios.
3. Alterações hormonais
A queda de cabelo também pode estar relacionada às alterações hormonais, como as que ocorrem durante ou após a gravidez e até mesmo ao longo da adolescência.
4. Anemia
O ferro é um mineral indispensável na produção da hemoglobina, proteína que leva oxigênio através das células vermelhas no sangue para todos os tecidos que compõem o corpo — incluindo o couro cabeludo. Essa ausência de ferro no organismo é conhecida como anemia, e tem como um de seus principais sintomas a queda de cabelo, pois os fios recebem menos oxigênio e nutrientes, ficando enfraquecidos.
5. Uso de produtos químicos
Tinturas, descolorantes, alisantes e demais químicas podem causar danos no cabelo, principalmente quando os procedimentos são realizados sem o auxílio de profissionais especializados. Isso tudo pode resultar na queda ou até mesmo em um corte químico.
6. Covid-19
A Covid-19 tem como um dos sintomas, após a cura, a queda de cabelo. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, diferente do que já foi visto em outras infecções graves, a queda acontece de forma muito mais precoce, tendo início de seis a oito semanas depois da doença.
